Um dia estive nas trevas tendo a plena convicção de que estava na luz e de que, quem não estivesse comigo estava nas trevas. Muitos me acompanhavam. Hoje, sinto-me como quem caminha em meio à claridade da Verdade. Porém, bem menos acompanhado que anteriormente.
O caminho que conduz à Verdade é para poucos. É para aqueles que a cada dia se entendem em trevas e perspectivam luminosidade para o seu caminho, por mais luminoso que esteja este. Um homem honesto e fiel por aquilo que tem por convicção, não tem medo das consequências sociais de suas escolhas, nem se faz refém de tais consequências. Não tem medo de se reinventar, nem de se redescobrir. De apagar uma parte do quadro da pintura até então considerada acabada e uma obra de arte. De substituir algumas palavras em uma composição que para gozo e vaidade do artista, já estava na boca do povo.
O princípio da honestidade, pelo que tenho aprendido a curtos, porém relevantes passos, está na humildade e na ousadia. Humildade para reconhecer não saber tudo. Ousadia para não precisar saber tudo, em meio aos que crucificam quem não se vê com toda a Verdade do universo em suas mãos.